Sobre

Eu estudei Arquitetura e Urbanismo na FAU/UFRJ. Entrei no curso em meados dos anos 90 sem saber ao certo o que fazia um Arquiteto.

Assim como qualquer criança, eu gostava de desenhar;  tive, ainda, a felicidade de estudar no Colégio Pedro II, onde fazia parte da grade de disciplinas aulas de Artes Plásticas e Desenho Geométrico desde a 5ª série. Tive professores maravilhosos nessas disciplinas: uma delas era Arquiteta, o que me ajudou a escolher a Profissão.

Obviamente, sair do Ensino Médio e entrar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo faz você mudar suas perspectivas: o próprio campus onde a Faculdade está inserida leva a pessoa a ter uma visão de mundo nova, diferente, intrigante.

Não se iludam achando que tudo foram flores: logo no primeiro período, em uma disciplina de Análise da Forma tive vários baldes de água fria jogados na minha cabeça. Baldes cheios de pedras de gelo, eu diria.

Naquele momento, decidi duas coisas na minha vida: eu iria ser Arquiteto, não importassem os obstáculos, e, algum dia, iria ser Professor: eu decidi que seria o oposto daquilo que quase me fez desistir do curso – eu iria oferecer esperança aos meus “futuros” alunos.

Cinco anos passam num piscar de olhos. São desafios diários, a Profissão de Arquiteto é belíssima mas requer dedicação. Tive Professores maravilhosos, muitos dos quais já não estão mais nesse plano.

Fiz estágios durante os últimos 2 anos do curso: foi essencial para que eu percebesse as sutis diferenças entre o “acadêmico” e o “real”. Depois de formado, várias portas se abriram graças à experiência adquirida nesses trabalhos.

Recém-formado, trabalhei com freelas para meus ex-empregadores de quem fui estagiário. Já tinha um currículo muito bom para um iniciante, o que me fez ser contratado por um dos maiores escritórios de arquitetura corporativa do Brasil.

Era o início de um novo milênio. Eu sempre fui leitor ávido, um amigo me sugeriu fazer Mestrado. Topei o desafio e procurei o Professor com quem mais me identificava, Prof. Paulo Afonso Rheingantz. O Mestrado requer dedicação intensa, muita leitura, muita escrita. Foram dois anos que também passaram muito rápido e posso me orgulhar de ter sido um aluno nota A.

A essa altura, com experiência e mais maturidade, recebi um convite para ser Coordenador de Projetos em uma Prefeitura do Rio de Janeiro. Pude fazer de tudo: escolas, praças, restaurantes populares, urbanização, diversos projetos de Habitação de Interesse Social de qualidade. Uma das escolas feitas nesse período ganhou destaque na imprensa como Modelo de qualidade. Foram anos intensos.

Resumindo assim, parece simples. Mas eu já tinha tido experiências que iam do detalhamento de uma mesa de trabalho corporativa a urbanização de um município.

Em 2007 comecei uma jornada que já completa uma década: me tornei especialista em Projetos Excutivos. Os primeiros eram edificações multifamiliares de médio porte. Logo passaram a grande porte. Viraram mixed-used (multifuncionais). Se tornaram Projetos Executivos de grande porte. O mais recente engloba 4 torres residenciais, uma torre corporativa e um shopping, tudo no mesmo terreno e com mais de 300 mil metros quadrados de área construída.

Devido a especificidade do tema Projeto Executivo, o Arquiteto precisa saber Instalações, Estrutura e, mais importante do que tudo, Legislação.

Talvez por isso tenha dado certo meu plano de estudante: ser Professor. Ensinar Arquitetura não é rabiscar um traço no papel e “dar vida” a ele. Ensinar Arquitetura, para mim, é dar ao aluno as ferramentas para que ele desenvolva a sua linguagem, compreendendo que o processo de Projeto passar por “n” fatores condicionantes.

Arquitetura é belíssima em sua complexidade. E é o amor à essa beleza que eu tento passar aos estudantes em minhas aulas e palestras. Seja no detalhe de uma maçaneta, seja na resolução urbana de questões macro, estamos envolvidos pela Arquitetura a todo e qualquer instante.

Permita-se sentir essa beleza. Somos a diferença que o mundo precisa.

Sobre o Site

Nosso site nasceu no final de 2013 como um blog, voltado para a divulgação dos trabalhos desenvolvidos nas disciplinas que ministro na Graduação e na Pós-Graduação e dos Concursos de Arquitetura, nacionais e internacionais, que eu participo – seja como orientador, seja como autor.

Em pouco tempo o número de visitas ao site alcançou centenas de pessoas por dia, vindas de todas as partes do mundo. Este fato começou a chamar a minha atenção e percebi algo que não existiam, seja em língua portuguesa seja em inglês, nenhum site que oferecesse ao visitante conteúdo voltado ao estudante de Arquitetura: não somente o Projeto em si – como ele deve ser corretamente representado -, mas o Projeto como um resultado de um processo, de uma Metodologia.

O Projeto de Arquitetura

Desta forma, além dos trabalhos, passei a publicar conteúdo teórico relacionado ao ato de se pensar o Projeto – isso não quer dizer, de forma alguma, que o conteúdo substitua o processo educativo em sala de aula e nem que se destine a leigos. Esta técnica, de utilizar conteúdo complementar disponibilizado em meu próprio site para interagir com os conteúdos que dou em sala de aula me renderam a indicação a o Prêmio Internacional Reimagine Education, em 2015, na categoria Teacher delivery. Em outras palavras, os jurados consideraram a minha metodologia de ensino como uma das melhores do mundo!

Nessa altura, as visitas ao site já chegavam às milhares por dia. Sempre que visito alguma universidade para participar de bancas, como palestrante, ou mesmo através das mídias sociais ou no início do semestre letivo para turmas novas…os alunos já me conhecem. Isso porque já visitaram o site em algum momento, para ver algum projeto ou tirar dúvidas de como se representa alguma coisa. Colegas de profissão me mandam mensagens, de vários cantos do país, dizendo utilizar o conteúdo do site como material complementar às suas aulas.

Dimensões mínimas para um banheiro residencial, atendendo ao Código de Obras do Município de São Paulo (1992)

Hoje em dia, nosso site virou um Portal de Ensino de Arquitetura, no âmbito da Graduação e Pós-graduação e está entre os mais acessados do país, ajudando milhares de pessoas em diversos lugares do mundo a terem acesso a conteúdo acadêmico de qualidade voltado ao ensino de Arquitetura.

 

Prof. Marcelo Sbarra

Doutorando em Ciências da Arquitetura (PROARQ/FAU/UFRJ)

Mestre em Ciências da Arquitetura (PROARQ/FAU/UFRJ)

Arquiteto e Urbanista (FAU/UFRJ)

      

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