Marcelo Sbarra https://marcelosbarra.com Site do arquiteto e professor Marcelo Sbarra Tue, 08 Apr 2025 17:03:56 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.1 https://marcelosbarra.com/wp-content/uploads/2017/07/cropped-logo-msarq-quadrado-150x150.png Marcelo Sbarra https://marcelosbarra.com 32 32 Direitos Autorais https://marcelosbarra.com/direitos-autorais/ Tue, 08 Apr 2025 16:52:14 +0000 https://marcelosbarra.com/?p=5292 Precisamos falar sobre Direitos Autorais na Arquitetura.

Qualquer projeto, desenho, croqui e mesmo pensamento projetual é de propriedade de seu autor, cabendo o seu Direito Autoral. O CAU inclusive fala sobre grau de similaridade em projetos, mas não é esta a questão aqui.

Todo o material que eu – ou qualquer pessoa – produza para fins acadêmicos é protegido pela Lei de Direitos Autorais.

Todos os meus alunos da Mentoria ou de aulas particulares recebem um extenso material a cada aula – desenvolvido por mim. Imagens, fluxogramas, interpretações de leis, aplicações em simulações, análise de casos reais reportados na mídia, etc.

Há cases que utilizamos ou informações de texto ou imagem que vem direto de websites de jornais, propagandas postadas na internet, material tornado público, mas sempre com a citação da origem e autoria.

O texto das leis é obtido pelo Diário Oficial ou sites oficiais e devidamente referenciado. Praticamente todas as informações numéricas que precisamos está no GeoSampa – que é uma plataforma de dados aberta.

Os alunos tem a minha permissão – de acordo com as leis brasileiras (Lei nº 9. 610/98, INPI, registro de obra CAU) – de utilizar para fim próprio, de estudo, esse vasto material.

Mas esse material não pode ser compartilhado com terceiros, uma vez que constitui violação à nossa política de uso.

Trago esse assunto aqui por dois motivos:

O primeiro é o assédio que alguns “professores” de legislação estão fazendo com alguns alunos afim de obter este material e, especialmente, as Planilhas Numéricas que eu uso.

Acho a concorrência uma coisa saudável, mas se a pessoa criou o seu curso, ela que crie também o seu material.

A segunda questão se refere à tentativas de acesso ao drive exclusivo de alunos por terceiros – o acesso ao drive é exclusivo ao aluno, assim como o material que nele está.

A tentativa de acesso indevida é enquadrada nas leis de proteção de propriedade intelectual e o Marco Civil da Internet – o primeiro aviso sendo uma notificação amigável como tenho feito para então entrar no mérito judicial.

Preparar um material de qualidade dá trabalho – muito trabalho.

Simplesmente querer se apropriar dele para uso próprio e – pior – para ganhos financeiros, é pior ainda.

Nós, enquanto arquitetos, precisamos nos respeitar.

Mas quando chega na seara de ter que avisar a colegas que não pode utilizar o seu material sem consentimento, é complicado, mas necessário.

O mesmo se aplica aos textos que escrevo aqui no site ou no LinkedIN. Podem ser compartilhados, mediante a citação do autor (inclusive ao final de cada post aqui no site coloco a forma corrreta de citar).

Aqui no site estão as datas de postagem das primeiras planilhas numéricas, exercícios que nos aprofundamos no curso e mentoria. Nos sites de registro também. No LinkedIN também.

Espero não precisar recorrer à medidas judiciais para proteger minha propriedade intelectual – que é, em última análise, meu patrimônio – mas este post é para deixar registrado que estamos monitorando e que qualquer violação será reportada.

Os artigos publicados aqui no site estão protegidos pela atribuição abaixo da Creative Commons. Os materiais disponibilizados aos alunos, não. Estes últimos são de uso exclusivo e não compartilhável, apenas para seu uso educacional a que se destina.

Para citar este artigo corretamente:

SBARRA, Marcelo. Direitos Autorais. Marcelo Sbarra, São Paulo, 08 abr. 2025. Disponível em: https://marcelosbarra.com/2025/04/08/direitos-autorais/ Acesso em 08 de abr. 2025.

Observação importante: estas informações são direcionadas a projetos acadêmicos – para projetos “da vida real” é indispensável a contratação de um Arquiteto para a verificação das necessidades de seu projeto e adequações à legislação de sua municipalidade.

© Marcelo Sbarra. Os projetos mostrados neste artigo são protegidos pela Lei de Direito Autoral (Lei 9.610/98) e Resolução 67/2013 do CAU/BR.

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Novos Cursos! https://marcelosbarra.com/novos-cursos/ Sun, 16 Feb 2025 19:01:30 +0000 https://marcelosbarra.com/?p=5265 O ano de 2023-2024 foi um ano intenso de mudanças nas Legislações de São Paulo. Por isso organizamos novos cursos, sendo o primeiro o MentoriaPro EVTL, destinado a todos aqueles que trabalham com Estudos de Vabilidade e Conceituação de Projetos.

São tantas as mudanças em relação à adição de Benefícios que aumentam o Potencial Construtivo, ou que alteram a aplicação de antigos Benefícios (como o Benefício nR) que fizemos um mega curso que abrange desde a revisão Intermediária do Plano Diretor Estratégico-PDE (2023), passando pelas duas revisões intermediárias da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo-LPUOS (2024) e as diversas mudanças via Portaria ou Resolução do Código de Obras e Edificações -COE (2017).

O curso possui pelo menos 3 exercícios numéricos, com utilização de tabela Excel e manchas no CAD para a verificação da viabilidade do que estamos propondo. São exercícios fora de eixo e em eixo, além de um específico para o “Decreto de HIS” (2024).

Utilizamos desde o GeoSampa até bases de dados mais precisas para as informações do EVTL serem as mais acuradas possíveis.

Temos alunos que estão migrando de área de atuação, com conhecimentos que vão do zero ao avançado, CEO’s, diretores de construtoras e incorporadoras, arquitetos que precisam estar atualizados com tudo o que tem acontecido de alteração nas leis, enfim, uma vasta gama de perfis.

Você pode optar pela Mentoria Individual – onde a programação de aulas e exercícios é feita para o seu perfil – ou Mentoria em Grupo, em aulas com turmas de até 15 alunos, que também abarcam os mesmos assuntos, mas de maneira a atender aos anseios de todos no geral.

Vamos continuar coms os conteúdos como sempre fizemos aqui. No LinkedIN diariamente posto sobre assuntos relacionados à essas legislaçãos, em forma de posts rápidos, porém completos. Me siga lá para não perder as atualizações diárias.

Se você quer se destacar em um mercado tão competitivo – e com poucas pessoas que sabem por onde começar a buscar as informações para o desenvolvimento de um Estudo de Viabilidade – chegou a hora de brilhar.

Exemplo de Tabela Numérica – Fora de Eixo

Para citar este artigo corretamente:

SBARRA, Marcelo. Novos cursos!. Marcelo Sbarra, São Paulo, 16 fev. 2025. Disponível em: https://marcelosbarra.com/2025/02/16/novos-cursos/ Acesso em 16 de fev 2025.

Observação importante: estas informações são direcionadas a projetos acadêmicos – para projetos “da vida real” é indispensável a contratação de um Arquiteto para a verificação das necessidades de seu projeto e adequações à legislação de sua municipalidade.

© Marcelo Sbarra. Os projetos mostrados neste artigo são protegidos pela Lei de Direito Autoral (Lei 9.610/98) e Resolução 67/2013 do CAU/BR.

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Inserindo o Subsolo (Garagem) – Planary https://marcelosbarra.com/inserindo-o-subsolo-garagem-planary/ Thu, 05 Dec 2024 15:05:35 +0000 https://marcelosbarra.com/?p=5241 Nos posts anteriores (aqui, aqui, aqui e aqui) sobre o uso do Planary, expliquei como é fácil fazer a distribuição de áreas, renomear ambientes e fazê-los serem computáveis ou não.

Hoje vou ensinar como inserir a garagem em subsolo.

Eu tenho salvo meu arquivo “Uso Misto.plny” na minha pasta de projetos. Abro o Autocad de onde tirei as informações e clico no ícone do Planary. Ele vai abrir a janela do programa, com um desenho em branco, mas basta ir em File, Open e escolher meu arquivo com a extensão”.plny” e ele automaticamente abre o meu edifício que já está configurado..

Fonte: Planary (2024)

E abre -se o desenho da volumetria já feita:

Fonte: Planary (2024)

Vou deixar o terreno / Google Earth desativados para facilitar a visualização de como inserir os subsolos.

Lembrando que: a área em azul em frente ao prédio é a doação de calçada e a área verde ao fundo é a minha área permeável. Logo meu subsolo deve ser uma poliline que exclua essas duas áreas.

No CAD, já deixei desenhada a poliline que representa o perímetro do subsolo.

No Planary, clico com o botão direito e escolho “Add Building”. retorno ao Cad e seleciono a poliline referente ao subsolo e o resultado vai ser este:

Fonte: Planary (2024)

Vejam que por padrão, o Planary adota 5 pavimentos de 3m cada e assume que esta nova inserção está acima do solo., conforme o zoom abaixo:

Fonte: Planary (2024)

Meu primeiro ajuste é informar que a garagem é enterrada. Faço dois ajustes: em “Use” eu selecione “Underground Parking” (Garagem) e clico no box “Underground“. O resultado será esse:

Fonte: Planary (2024)

Agora preciso informar que no meu projeto tenho 3 subsolos. Em “Number of floors” digito 3 e tenho como resultado:

Fonte: Planary (2024)

Como meus subsolos tem piso-apiso diferentes, clico no ícone de “Ajustes” ao lado de “Floor Height” (altura do pavimento) e o Planary abre uma janela-contexto onde eu posso personalizar cada pavimento:

Fonte: Planary (2024)

Note que: a ordem em que aparecem os pavimentos é de cima para baixo, então o que aparece como “Level-1” é o meu primeiro nível enterrado, ou seja, o 1º Subsolo, cujo piso-a-piso eu uso 3,60m (para desvios de instalações e estrutura).

Fonte: Planary (2024)

Para o 2º Subsolo, eu costumo utilizar 3,06m:

Fonte: Planary (2024)

E finalmente, no 3º Subsolo, onde geralmente não ocorrem desvios ou a estrutura já está deviada, uso 2,88m:

Fonte: Planary (2024)

Pronto! Meu desenho já está com os subsolos inseridos, já tenho a área total de estacionamento. Para inserir circulação vertical, áreas técnicas e outras áreas que diminuam a área de circulação de veículos, é só seguir os tutoriais anteriores, criando um poligono para cada área.

Fonte: Planary (2024)

Fazer Estudo de Viabilidade nunca foi tão fácil!

Disclaimer:

O Planary é gratuito para uso estudantil. Para uso comercial/profissional em escritórios de Arquitetura ou por arquitetos, entrar em contato com os desenvolvedores do software sobre como adquirir a licença.

Este post foi feito com a autorização dos proprioetários do software Planary.

Para citar este artigo corretamente:

SBARRA, Marcelo. Editando o entorno – Planary. Marcelo Sbarra, São Paulo, 05 dez. 2024. Disponível em: https://marcelosbarra.com/2024/12/05/inserindo-o-subsolo-garagem-planary/. Acesso em 05 de dez 2024.

Observação importante: estas informações são direcionadas a projetos acadêmicos – para projetos “da vida real” é indispensável a contratação de um Arquiteto para a verificação das necessidades de seu projeto e adequações à legislação de sua municipalidade.

© Marcelo Sbarra. Os projetos mostrados neste artigo são protegidos pela Lei de Direito Autoral (Lei 9.610/98) e Resolução 67/2013 do CAU/BR.

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Reflexões sobre o uso da tecnologia na avaliação de trabalhos acadêmicos https://marcelosbarra.com/reflexoes-sobre-o-uso-da-tecnologia-na-avaliacao-de-trabalhos-academicos/ Wed, 04 Dec 2024 21:50:17 +0000 https://marcelosbarra.com/?p=5224 Nesta época do ano, somos convidados a participar de bancas de avaliação dos Trabalhos Finais de Graduação (TFG) – sejam eles nas próprias instituições que lecionamos, sejam eles como convidados externos de outras instituições.

Os temas são sempre muito variados e com a presença das tecnologias digitais – não somente mais os desenhos em 2D – mas as rederizações em 3D ultrarealistas e a presença “invisível” da Inteligência Artificial (IA) me fizeram refletir muito sobre como, em 10 anos, mudou-se totalmente o paradigma de como se avaliar o trabalho de um aluno.

Essa tarefa, que nunca foi fácil, se tornou mais complexa. Até onde vai a escrita autoral e até onde a IA colabora ou mesmo faz esta parte. Eu, por exemplo, uso o bom e velho Power Point, com textos autorais meus, e o programa sugere layouts e apresentações incríveis.

Quando preciso escrever no Word, por exemplo, a IA pergunta qual estilo (normal, formal, neutro) que eu gostaria que o corretor sugerisse mudanças. Em português, eu costumo usar apenas o corretor ortográfico e manter o meu estilo de escrita – mesmo que ele pudesse ser “aprimorado” pela IA – mas assim eu estaria perdendo o meu toque pessoal, o meu jeito de escrever.

Quando tenho que escrever em outras línguas em que não sou falante nativo, o programa sugere reescrever parágrafos inteiros. Há a opção de aceitar ou, baseado nas sugestões, eu mesmo tentar reescrever – mesmo que fazendo isso eu corra o risco de não ser totalmente compreendido em minhas ideias. Eu prefiro esta segunda opção porque, de novo, não seria eu escrevendo e sim um “ghostwriter” melhorando a minha escrita.

E quando saimos da avaliação textual de um trabalho e partimos para a avaliação do projeto em si?

Eu sou entusiasta da IA, testo vários programas, mas sempre falta um toque mais humano, literalmente. A Arquitetura proposta pelos programas de IA carece de algum tempo de amadurecimento ainda. (vide a imagem que ilustra o último paragrafo deste artigo)

Para ideias de fachadas e volumes, não tenho dúvidas de que ajudem muito nas ideias de soluções.

Mas para a solução programática, distribuição de fluxos e dimensionamento de ambientes, não tem jeito: só a mão e a mente humana são capazes – ainda mais porque temos que seguir uma série de regras – sejam de desenho ou sejam as relativas à legislação edilícia e urbanística.

Os desenhos feitos em certos programas paramétricos não entendem a “linguagem brasileira de desenho”, ou seja, a NBR 6492 – antes chamada de Representação gráfica em Arquitetura – que em 2021 foi renomeada para Documentação técnica para projetos arquitetônicos e urbanísticos – Requisitos.

É batata. Eu olho uma escada e vejo que ela não possui patamares intermediários, está escrito “sobe” ou “desce”, sempre pergunto, educadamente, se o desenho foi feito pelo software “X” e a resposta, inevitavelmente, é sim.

No Brasil, escadas só indicam o sentido de subida, acompanhada de uma letra “S” e de um símbolo de seta, cujas dimensões são as mostradas abaixo:

Fonte: ABNT (2021)

Certa vez, ante a resposta afirmativa do aluno e ante a verificação de que a escada estava de fato “errada” (além de não ter patamares, era helicoidal e não respeitava o número mínimo de unidades de passagem para escolas), voltei à velha reflexão de darmos à IA ou a tecnologia o poder de decidir por nós.

Uma escada desenhada errada, na “vida real”, é um erro que é inconcebível de ser aceito. Imagine o engenheiro fazer todas as formas de uma escada, construir, e na hora do “habite-se” constatar que não atende a IT-11 do Corpo de Bombeiros (no caso de São Paulo) ou a NBR 9077 (nos municípios onde não há explicitamente no Código de obras a explicação de qual orientação seguir).

Para refletir: e se a escada estivesse em uma escola infantil, montessoriana, onde as crianças são encorajadas a ter autonomia total, como se resolve a questão da altura dos espelhos?

Para uma pessoa adulta, 17,5 cm ou 18cm são as alturas usuais utilizadas em espelhos de escadas e atendem a Formula de Blondel e aos Bombeiros.

Dentro das salas de aula montessorianas usualmente são instaladas escadas para que as crianças aprendam a usá-las – mas são escadas que não atendem a fórmula de Blondel e nem aos Bombeiros.

Fonte: archdaily (2024). Disponível em https://www.archdaily.com/869081/18-cool-examples-of-architecture-for-kids?ad_source=search&ad_medium=projects_tab&ad_source=search&ad_medium=search_result_all, acesso em 04 dez. 2024

Por um lado está OK, pq não são rotas de fuga e sim espaços de ludicidade, mas e se o projeto se propõe a utiliar de escadas autônomas em todas as suas instalações de uso comum, como proceder?

Fonte: archdaily (2024). Disponível em https://www.archdaily.com/869081/18-cool-examples-of-architecture-for-kids?ad_source=search&ad_medium=projects_tab&ad_source=search&ad_medium=search_result_all, acesso em 04 dez. 2024

Na imagem acima, do mesmo artigo escrito pelo site Archdaily, nesta escada de uso comum, percebe-se que a altura dos degraus são menores que 17,5-18 cm – portanto não serviriam como rota de fuga. Para a circulação de professores e demais adultos seria necessário criar uma segunda escada, com as medidas que atendam bombeiros e Blondel.

Na imagem abaixo, de outro projeto, é possível ver a escala das crianças em relação à escada e perceber que, novamente, não se aplicam às normas brasileiras.

Fonte: archdaily (2024). Disponível em https://www.archdaily.com/869081/18-cool-examples-of-architecture-for-kids?ad_source=search&ad_medium=projects_tab&ad_source=search&ad_medium=search_result_all, acesso em 04 dez. 2024

Ao escolher estudos de caso para os projetos, alunos e professores devem estar sempre atentos à avaliar se àquela realidade apresentada como referência de fato se aplica em sua totalidade, em relação às nossas normas. Em geral, não.

Somos o país que mais tem leis no mundo, e o processo de praticar a Arquitetura e Urbanismo não foge desta responsabilidade. A vida profissional vai exigir do futuro arquiteto atenção redobrada ao perceber que a intenção de projeto nem sempre é totalmente aplicável dentro da realidade.

Como costumo dizer aos meus alunos: por se tratar de um trabalho acadêmico, certas liberdades “poéticas” são válidas DESDE QUE se coloque claramente que se sabe desta ou daquela interferência legal, mas que por razões de ser um estudo preliminar e acadêmico não se está sendo considerando.

A imagem abaixo foi gerada por IA com o seguinte prompt: “gere uma imagem do interior de uma escola montessoriana, onde pode-se ver, com destaque uma grande escada helicoidal, por onde algumas crianças estão descendo”

Está aí a prova de que a IA ainda precisa do toque humano, para não virar uma obra de Escher.

Imagem produzida por IA
House of Stairs – Escher (1951)

Para citar este artigo corretamente:

SBARRA, Marcelo. Reflexões sobre o uso da tecnologia na avaliação de trabalhos acadêmicos. Marcelo Sbarra, São Paulo, 04 dez. 2024. Disponível em: https://marcelosbarra.com/2024/12/04/reflexoes-sobre-o-uso-da-tecnologia-na-avaliacao-de-trabalhos-academicos/ Acesso em 04 de dez. 2024.

Observação importante: estas informações são direcionadas a projetos acadêmicos – para projetos “da vida real” é indispensável a contratação de um Arquiteto para a verificação das necessidades de seu projeto e adequações à legislação de sua municipalidade.

© Marcelo Sbarra. Os projetos mostrados neste artigo são protegidos pela Lei de Direito Autoral (Lei 9.610/98) e Resolução 67/2013 do CAU/BR.

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Editando o entorno – Planary https://marcelosbarra.com/editando-o-entorno-planary/ Fri, 29 Nov 2024 13:22:43 +0000 https://marcelosbarra.com/?p=5202 Que o Planary é o melhor programa para Estudo de Viabilidade, eu já constatei. Agora, me dedicando a aprender todas as funcionalidades, me deparei com uma maravilhosa: a possibilidade de editar o entorno de onde o projeto irá ser implantado.

Fonte: Geosampa (2024) editado por Sbarra (2024)

Uma vez que eu tenha o Mapa Digital da Cidade (MDC) – baixado diretamente do Gedosampa – meu mapa já estará na posição correta, com o norte para cima.

Perceba que o meu projeto já está devidamente feito (em cores, ao centro)

No Autocad – já com o Planary instalado – clico na aba AgileForm e depois em Planary:

Fonte: Autocad (2024) alterado por Sbarra (2024)

Abrirá uma janela do Planary:

Fonte: Planary (2024) e Autocad (2024), alterado por Sbarra (2024)

O Planary me pedirá que eu dê um right-click no mouse para iniciar o processo e me pedirá para eu escolher o terreno (site) ou o edifício (building). Vou começar pelo terreno.

Fonte: Planary (2024) e Autocad (2024), alterado por Sbarra (2024)

Selecionei a poligonal que define meu lote e automaticamente o Planary exporta:

Fonte: Planary (2024) e Autocad (2024), alterado por Sbarra (2024)

Perceba que o Site Area (área do lote) é identica á area do Autocad (1.781,12m²) .Isso é fundamental para que nossos Estudos de Viabilidade sejam certeiros.

Agora vamos incluir o entorno!

Maximizei a janela do Planary para melhorar a visualização. Percebam que no canto inferior, temos a possibilidade de não ter entorno nenhum (é o que está selecionado), de ter um entorno 3D (que eu marquei em amarelo) e de ter entorno com a base do Google Earth (que eu utilizei na ultima postagem).

Fonte: Planary (2024)

Clico no entorno 3D e o Planary abre a janela de pesquisa de endereço:

Fonte: Planary (2024)

Preencho os dados e o programa já identifica a rua:

Fonte: Planary (2024)

Seleciono ela e dou enter e o programa já dará zoom para a região:

Fonte: Planary (2024)

Agora preciso localizar meu lote com o zoom:

Fonte: Planary (2024)

Percebam que há construções existentes (marquei em amarelo). Eu preciso “limpar” o lote para inserir minha proposta de Estudo de Viabilidade.

Basta clicar em “More”, opção “3D Buildings”, “Edit”:

Fonte: Planary (2024)

O Planary vai deixar todas as edificações existentes em azul e abrir uma janela de diálogo, pedindo que eu selecione os predios que eu quero esconder:

Fonte: Planary (2024)

Ao selecionar, eles ficam em vermelho:

Fonte: Planary (2024)

Clico em “Done” e voilá!:

Fonte: Planary (2024)

Tenho o meu terreno livre para fazer minha proposta, como vimos nos outros posts!

Disclaimer:

O Planary é gratuito para uso estudantil. Para uso comercial/profissional em escritórios de Arquitetura ou por arquitetos, entrar em contato com os desenvolvedores do software sobre como adquirir a licença.

Este post foi feito com a autorização dos proprioetários do software Planary.

Para citar este artigo corretamente:

SBARRA, Marcelo. Editando o entorno – Planary. Marcelo Sbarra, São Paulo, 29 nov. 2024. Disponível em: https://marcelosbarra.com/2024/11/29/editando-o-entorno-planary/. Acesso em 29 de nov 2024.

Observação importante: estas informações são direcionadas a projetos acadêmicos – para projetos “da vida real” é indispensável a contratação de um Arquiteto para a verificação das necessidades de seu projeto e adequações à legislação de sua municipalidade.

© Marcelo Sbarra. Os projetos mostrados neste artigo são protegidos pela Lei de Direito Autoral (Lei 9.610/98) e Resolução 67/2013 do CAU/BR.

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Aumentando o CA do Projeto – Parte I – Benefício Edifício Inteligente https://marcelosbarra.com/aumentando-o-ca-do-projeto-parte-i-beneficio-edificio-inteligente/ Wed, 27 Nov 2024 14:15:37 +0000 https://marcelosbarra.com/?p=5192 Em São Paulo, o Plano Diretor e o Zoneamento que tiverão suas revisões intermediária em 2023 e 2024 respectivamente, criaram algumas possibilidade de aumento do CA do empreendimento.

Além das mais conhecidas, como o Benefício 20% (ou Benefício nR Incentivado) e da Cota de Solidariedade, criou-se um incentivo para que os empreendimentos adotem soluções sustentáveis em suas concepções, ajudando, desta forma, a fazer uma cidade mais inteligente, através da aplicação do conceito de Smart City.

O Artigo 10 da Lei 18.081/2024, que fez a revisão intermediária do Zoneamento, diz:

“[…] serão concedidos incentivos para iniciativas que venham contribuir para a melhoria da qualidade de vida da cidade, como redução das emissões de carbono, redução das ondas de calor, melhorias na drenagem urbana, entre outros, com adoção de tecnologias modernas tais como as adotadas em cidades consideradas “inteligentes” (“Smart Cities”) e “cidades esponja”, estimulando principalmente a produção de “Retrofit”, reformas e edificações novas que implementem ações que visem à sustentabilidade:”

Fonte: Sbarra (2024) gerado com auxílio de IA

E lista uma série de proposições que podem ser adotadas em projeto e que resultem em um acréscimo de CA limitado a 10%:

I – à edificação que apresente inovações tecnológicas no projeto arquitetônico e que obtenha certificação específica de sustentabilidade, nos termos do art. 83 da Lei nº 16.402, de 2016, a título de incentivo serão consideradas não computáveis até o limite de 8% da área construída computável, as áreas cobertas de uso residencial ou não residencial, em qualquer pavimento;

II – à edificação que implante arborização vertical com indivíduo arbóreo de porte médio ou grande com 3m (três metros), no mínimo, a cada 50m² de fachada, excluídos o ático e o térreo, e cujo sistema de irrigação seja feito prioritariamente através das águas cinzas tratadas, a título de incentivo serão consideradas não computáveis até o limite de 10% da área construída computável, as áreas cobertas de uso residencial ou não residencial, em qualquer pavimento;

III – à edificação que fizer uso de cogeração de energia limpa tais como fotovoltaica, solar, com previsão para que atinja no mínimo 40% do seu consumo, a título de incentivo serão consideradas não computáveis até o limite de 5% da área construída computável, as áreas cobertas de uso residencial ou não residencial, em qualquer pavimento;

IV – à edificação que fizer uso de pré-tratamento de esgoto, a título de incentivo serão consideradas não computáveis até o limite de 3% da área construída computável, as áreas cobertas de uso residencial ou não residencial, em qualquer pavimento;

V – à edificação que adote medidas de drenagem natural ou mista além daquelas exigidas nesta Lei e que ampliem em 40% a sua capacidade de drenagem, a título de incentivo serão consideradas não computáveis até o limite de 3% da área construída computável, as áreas cobertas de uso residencial ou não residencial, em qualquer pavimento;

VI – à edificação que implante teto-jardim com área equivalente a pelo menos 80% da taxa de ocupação utilizada no projeto, a título de incentivo serão consideradas não computáveis até o limite de 5% da área construída computável, as áreas cobertas de uso residencial ou não residencial, em qualquer pavimento;

VII – à edificação, que implante floreiras com dimensões mínimas de 0,80m por 0,80m por 0,80m de terra destinadas a indivíduos arbóreos de porte médio ou grande com 3m de altura, no mínimo, serão consideradas não computáveis, bem como as floreiras subsequentes para ajardinamento independente de suas dimensões, não se aplicando o § 2º do art. 62 da Lei nº 16.402, de 2016 (ou seja, não entra nos 59% de limite de área não computável de projeto)

VIII – novas tecnologias e soluções construtivas propostas em projetos específicos e não previstas neste artigo e que comprovadamente apresentem eficiência energética e atendam índices de desempenho conforme NTO [Normas Técnicas Oficiais] serão submetidas respectivamente a CAIEPS (Comissão de Análise Integrada de Projetos de Edificações e de Parcelamento do Solo), para verificação da aderência técnica e posteriormente à CTLU para definição do incentivo para que sejam consideradas não computáveis da área construída computável, as áreas cobertas de uso residencial ou não residencial em qualquer pavimento, até o limite de 5%, cujas diretrizes deverão ser objeto de decreto regulamentador por parte do Executivo em 120 dias.

Importante observar que pode-se adotar em conjunto os benefícios deste artigo, desde que não ultrapassem 10% de acréscimo de área não computável, advindas de áreas que seriam computáveis, como esclarece o parágrafo 2º:

§ 2º Os benefícios previstos neste artigo são cumulativos, e não poderão ultrapassar 10% de acréscimo de áreas consideradas não computáveis da área construída computável, das áreas cobertas de uso residencial ou não residencial, em qualquer pavimento.

Suponha que você tenha chegado em uma área computável de projeto de 10.000,00m². Aplicando o Benefício Edifício Inteligente (não é o nome oficial, mas por falta de nome adotei esse), você tem 1.000,00m² de área que seria computável para transformá-la como não computável.

Ou seja, neste caso, o seu CA se mantém 10.000,00m² computáveis e 1.000,00m² que seriam computáveis vão para a coluna de Benefício. Em termos práticos, você tem um CA de 11.000,00m², uma vez que, segundo o parágrafo 3º:

“§ 3º Aos benefícios previstos neste artigo não se aplicam o § 2º do art. 62 da Lei nº 16.402, de 2016.”

Ou seja, tal como acontece com o Benefício nR, esse benefício não entra nos 59% máximos de área não computável de projeto.

Atenção, para o caso de edificações não-residenciais, somente se aplicam esses benefícios caso não tenham pele de vidro que não abram e que produzam ventilação cruzada e uso de brises, conforme parágrafoº:

§ 4º As edificações não residenciais somente poderão receber os incentivos previstos neste artigo desde que prevejam a eliminação de peles de vidro estanques, promovam a ventilação cruzada e a utilização de brises quando for o caso.

No texto final da Lei 16.402/2016, com as incorporações das revisões intermediárias – Leis 18.081/2024 e 18.177/2024, não foi incluído este trecho relacionado ao Benefício, mas aplicando o Artigo 62:

VI – as áreas não computáveis previstas na legislação edilícia;

Temos que a aplicação desse Benefício Edifício Inteligente (Lei 18.081/2024) se aplica, uma vez que ele não foi alterado nem vetado e nem cancelado pela Lei 18.177/2024 (que também trata da revisão intermediária da LPUOS) e nem pelo Decreto Regulementador 63.884/2024 e é amparado pelo PDE, em sua revisão pela Lei 17.975/2023.

Para citar este artigo corretamente:

SBARRA, Marcelo. Circulações Horizontais no Mercado Imobiliário – Percursos e como minimizá-los. Marcelo Sbarra, São Paulo, 27 nov. 2024. Disponível em: https://marcelosbarra.com/2024/11/27/aumentando-o-ca-do-projeto-parte-i-beneficio-edificio-inteligente/ Acesso em 27 de nov. 2024.

Observação importante: estas informações são direcionadas a projetos acadêmicos – para projetos “da vida real” é indispensável a contratação de um Arquiteto para a verificação das necessidades de seu projeto e adequações à legislação de sua municipalidade.

© Marcelo Sbarra. Os projetos mostrados neste artigo são protegidos pela Lei de Direito Autoral (Lei 9.610/98) e Resolução 67/2013 do CAU/BR.

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Adicionando volumetrias e terreno do entorno – Planary https://marcelosbarra.com/adicionando-volumetrias-e-terreno-do-entorno-planary/ Thu, 21 Nov 2024 13:23:15 +0000 https://marcelosbarra.com/?p=5173 No último post (aqui) vimos como usar o Planary para Estudos de Viabilidade com sucesso. Neste post vamos para a parte de apresentação do estudo para o cliente, inserindo o contexto urbano através de imagens do Google Earth ou de mapas.

Na tela principal do Planary, embaixo à direita são mostradas as opções de visualização:

Fonte: Planary (2024)

A primeira, a linha vermelha, indica sem nenhum tipo de base. A segunda, indica o uso de mapas e o terceiro de imagens de satélite do Google Earth. Na imagem acima, eu não estava com nenhum terreno inserido pois o meu objetivo era chegar nos números de projeto.

INSERINDO O ENTORNO – MAPAS

Clique no segundo ícone, relativo aos mapas. Abrirá um menu, indicado em vermelho na imagem abaixo.

Fonte: Planary (2024)

Na caixa “Search Address” (procurar endereço), digite a localização. No meu caso, digitei “Pinheiros, São Paulo”:

Fonte: Planary (2024)

Automaticamente, o Planary já me leva para o centro do Bairro. Se eu quisesse ser mais específico, poderia digitar diretamente o nome da Rua.

Fonte: Planary (2024)

O mouse automaticamente fica com o símbolo de mão para que eu possa dar “pan” no mapa e me localizar ou usar o scroll do mouse para dar zoom in e zoom out:

Agora que localizei o terreno, uso o “Place Marker on Map” (colocar marcador no mapa) para que o Planary identifique que esta é a localização do terreno.

Fonte: Planary (2024)

O ícone ao ser inserido no lote fica girando e a caixa “Change site basepoint” (alterar a localização do local) fica piscando, como no vídeo abaixo.

Fonte: Planary (2024)

Clicando em “”Change basepoint”, o Planary irá mostrar a seguinte caixa, pedindo que eu volte para o AutocCad e selecione um ponto de inserção:

Fonte: Planary (2024)

Cliquei no canto inferior direito do lote e mágica! o Planary traz exatamente para onde o meu estudo está localizado:

Fonte: Planary (2024)

Percebam que a inserção ocorre exatamente onde o ponto azul foi colocado.

Eu posso ajustar a posição do volume simplesmente puxando o ícone azul de localização.

Clicando em “Place 2D Map” outra mágica acontece: no Autocad, minha visualização ganha um fundo de Mapa/Google Earth:

Fonte: Planary (2024)

A visualização no AutoCad fica assim:

Fonte: AutoCad (2024)

Volto ao Planary e posso ligar a camada Google Earth. Agora posso explorar quaisquer angulos que queira visualizar meu projeto, com o entorno inserido.

Fonte: Planary (2024)

Obseerve que meu edifício encaixou perfeitamente no mapa pois eu deixei o projeto rotacionado, com o norte para cima, no AutoCad. Mas não teria problema algum em fazer ele na ortogonal, pois o Planary permite rotacionar o projeto.

Disclaimer:

O Planary é gratuito para uso estudantil. Para uso comercial/profissional em escritórios de Arquitetura ou por arquitetos, entrar em contato com os desenvolvedores do software sobre como adquirir a licença. Vale muito a pena!

Este post foi feito com a autorização dos proprioetários do software Planary.

Para citar este artigo corretamente:

SBARRA, Marcelo. Adicionando volumetrias e terreno do entorno – Planary. Marcelo Sbarra, São Paulo, 21 nov. 2024. Disponível em https://marcelosbarra.com/2024/11/21/adicionando-volumetrias-e-terreno-do-entorno-planary/ Acesso em 21 de nov 2024.

Observação importante: estas informações são direcionadas a projetos acadêmicos – para projetos “da vida real” é indispensável a contratação de um Arquiteto para a verificação das necessidades de seu projeto e adequações à legislação de sua municipalidade.

© Marcelo Sbarra. Os projetos mostrados neste artigo são protegidos pela Lei de Direito Autoral (Lei 9.610/98) e Resolução 67/2013 do CAU/BR.

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Estudo de Viabilidade completo com Planary (Autodesk add-on) https://marcelosbarra.com/estudo-de-viabilidade-completo-com-planary-autodesk-add-on/ Sat, 16 Nov 2024 16:17:24 +0000 https://marcelosbarra.com/?p=5128 No último post (aqui) vocês viram como é facil produzir com apenas alguns cliques uma maquete volumetria, com usos indicados e áreas parciais, totais, altura do empreendimento, usando o Planary, um aplicativo para uso com Autocad e Revit.

Neste post irei explicar passo a passo como obter um Estudo de Viabilidade em poucos minutos – e o melhor – com a possibilidade de vários cenários numéricos.

1º PASSO

Baixe o arquixo DWF diretamente do GeoSampa, com a localização das quadras do entorno do lote que você irá trabalhar.

Mapa da Regiaão escolhida. Fonte Geosampa (2024)

2º PASSO: Instalar o Planary

Após vocês instalarem o add-on do Planary, aparecerá a seguinte aba no seu Autocad:

Fonte: Autocad (2024) e Planary (2024)

Clicando na aba AgileForm aparecerá o ícone do Planary. Isto quer dizer que estamos prontos para começar.

3º PASSO: Escolhendo as Polilines das Quadras

Ao dar um zoom no lote escolhido, vocês verão que já demarquei o limite do lote (poliline vermelha tracejada) e a doação de calçada (poliline com hachura em vermelho), para que ela fique com 5,0m.

Lote Fonte: Geosampa (2024)

No Planary sempre trabalharemos com polilines e hachuras e vocês verão como é simples e rápido!

Ao clicar em Planary, irá abrir uma janela pedindo que você clique com o botão direito na tela aberta:

Fonte: Autocad (2024) e Planary (2024)

Ao clicar, aparecerão duas opções: Add site (adicionar localização) e Add Building (adicionar construção). Clique em Add site.

Fonte: Autocad (2024) e Planary (2024)

O Planary irá pedir que você selecione uma poliline ou uma hachura (ou para cancelar, clicar ESC no Autocad): selecione a quadra onde está o seu lote.

Fonte: Autocad (2024) e Planary (2024)

Você irá obter como resultado isto:

Fonte: Autocad (2024) e Planary (2024)

Faça o mesmo para as quadras do entorno para que você tenha a inserção urbana do seu edifício. O resultado será o abaixo:

Planary (2024)

4º Passo: Demarcando o Lote

No Planary, clique na quadra onde está o seu lote e aperte o botão direito do mouse: clique em Add land (adicionar lote) e no Autocad selecione a poliline do seu lote:

Planary (2024)

Pronto! Seu lote está marcado!

Planary (2024)

Para dar mais destque a ele:

Vá em Options, Land Uses (Uso do Solo) e adicione (Add) um layer “Lote”. neste caso eu ecolhi uma cor verde. Salve.

Planary (2024)

De volta a tela principal, clique no lote. No menu que aparecerá à esquerda, em Use (uso) esolha “Lote”.

Pronto! Nosso lote está mais destacado e podemos ver sua área (1.781,12m²), exatamente igual ao CAD. Só que temos “doação de calçada“.

Vamos criar um novo Layer “Doação de calçada” como fizemos para o lote. No CAD basta ajustar a poliline do terreno para que ela fique somente com o contorno do terreno remanescente que autromaticamente o Planary ajusta a área e as medidas.

Planary (2024)

Ao fazer isso, obtemos o seguinte resultado:

Planary (2024)

5º Passo: Inserindo o Pavimento Térreo

Vamos considerar que nosso térreo é de um edifício de Uso Misto. Precisamos ter núcleos rígidos (escada mais elevadores) separados por uso. Além disso, precisamos atender a Área Permeável.

Nossa Setorização no Autocad ficou assim então: a poliline com hachura azul representa o Uso Residencial (R), a poliline com hachura laranja corresponde ao Uso Não Residencial (nR), a poliline com hachura vermelho escuro corresponde as escadas, a poliline sem hachura corresponde ao vazio dos elevadores e a poliline com hachura verde correponde à Área permeável.

No Planary, clique com o botão direito na tela e selecione Add Building (Adicionar Construção)

Planary (2024)

No Autocad, selecione a poliline da parte Residencial. A resposta do Planary será imediata.

Planary (2024)

Observe que por padrão, o Planary adicionou 5 pavimentos com 3m de piso a piso cada.

Vamos ajustar para 1 pavimento, com piso a piso de 5,76m, bastando digitar no menu a esquerda. Pronto, já fica automaticamente ajustado.

Planary (2024)

Agora é hora de informar ao Planary as regras da nossa legislação sobre áreas computáveis e áreas não computáveis. No pavimento térreo Residencial, como sabemos, tudo é não computável.

Clique em Options, Preferences, Building spaces e adicione o layer “Residencial – não computável” e coloque uma cor azul.

Planary (2024)

Perceba a primeira caixa de seleção (Total Floor Área) está marcada – isso faria a área ser computável. Como no térreo, a área residencial é não computável, eu preciso desmarcar esta caixa.

Também mudei a eficiência para 100%, deixei como 0 a eficiência de vendas (já que não são unidades habitacionais) e deixei 0 como parametro para calculo de vagas, já que o terreo não é usada para este fim.

Selecionando a forma e no menu a direita mudando o uso para o recém criado “Residencial – Não Computável”, o resultado é esse:

Planary (2024)

O térreo nR é computável (ou usa do Benefício nR) então vamos criar um layer Não-Residencial Computável, como fizemos acima, com a cor laranja.

Planary (2024)

Faltam as escadas. Ambas, no pavimento térreo, são não computáveis.

Vamos aproveitar e já os layers: Escadas R – Computável, Escada R – Não Computável, Escada nR – Não Computável.

Percaba que: sempre que eu crio algo “computável” eu deixo marcado o box TFA.


Planary (2024)

Faço para a escada Residencial (não computável no térreo):

Planary (2024)

E faço para a escada Não-Residencial (não computável):

Planary (2024)

Agora podemos inserir a Área Permeável: clicar com o botão direiro e selecionar Add land (adicionar terra)

Planary (2024)

Na aba Uso, esolha Greenery (Áreas verdes).

Planary (2024)

6º Passo: Inserindo o Pavimento Tipo Não Residencial (nR)

O Tipo nR possui 9 pavimentos, com 3,06m de piso a piso cada. A área é computável (ou retirada do benefício 20%), assim como a circulação horizontal. A escada é o único elemento não computável.

Por estes 9 pavimentos, a escada Residencial passará direto, sem abrir, por isso podemos considerar que nestes pavimentos nR ela existe mas é não computável.

Observe que para que os 9 pavimentos fiquem na altura correta, preciso informar ao Planary que a distância do piso do térreo (offset fromground) é de 5,76m.

Planary (2024)

No Autocad, para obter este resultado, fiz uma nova poliline para os pavimentos nR, conforme marcado abaixo:

Autocad (2024)

Basta fazer o mesmo para os demais elementos (escada, circulação horizontal, etc)

7º Passo: Inserindo o Pavimento Tipo Residencial (R)

Agora é mais simples, pois ao invés de 2 escadas, temos apenas uma. Basta desenhar o perimetro do predio, circulação horizontal e escadas. Nestes pavimentos tudo é computável.

Feito isso, o resultado será o mostrado abaixo:

Vista da Escada R – Planary (2024)
Vista da Escada nR – Planary (2024)

Eu incluí um layer “Ático” para fazer a laje impermeabilizada da cobertura, assim como o volume da Casa de Máquinas de Elevadores e Reservatório Superior.

8º Passo: Inserindo o Estacionamento

Como o estacionamento é inteiro não computável (desde que atendidas a cota de garagem e áreas técnicas compatíveis com o tamanho do empreendimento)(, deixei esta etapa para um post seguinte. Mas é possível não só desenhar o estacionamento, mas saber a sua eficiência em função do número de vagas.

Resumo

O meu terreno original possuia 1.781,12m². Com a doação de calçada, passei a ter 1.698,12m² de terreno remanescente. O meu Coeficiente de Aproveitamento é 4. Ou seja, quatro vezes o lote original, o que me dá 7.124,48m² de área computável. a ser utilizada

O Planary me informa que eu tenho 9.589,00m² de computável neste cenário.

Vou considerar que téreo uma Fachada Ativa, de modo a ganhar 20% de Benefício nR, o que me dá 1.424.90m² a mais de área para usar no nR. No total, é como se eu tivesse 8.549,37m² de “área computável”.

Com isso, preciso “perder” 1.039,62m² de área computável.

Mas se meu terreno remanescente tem 1.698,12m², tenho direito a 5% de área de terraço por pavimento, ou seja, 84,91m² vexes 18 pavimentos, o que me dá 1,528,30m² de área não computável de terraço no total. Basta eu diminuir um pouco o tamanho das unidades residenciais e não residenciais na mesma proporção que eu inserir de terraço em cada uma.

Em resumo, viabilizei o projeto no terreno, bastando desenhar os terraços e incluí-los como Área Não Computável.

Para fazer isso, basta criar um layer “Terraços”, desenhar os polígonos referentes a eles, e não deixar marcada a caixa TFA (que computa as áreas).

Parabéns a equipe desenvolvedora do Planary! Com certeza todos meus alunos usarão a ferramenta e aconselho aos colegas Arquitetos a adquirir a licença e usar em suas equipes de criação e viabilidade. vai economizar muito o tempo!

Como o Planary reconhece polilines e hachuras, para inserir vazios de shafts e instalações basta fazer o hatch da área e subtrair a área do vazio (no Autocad) que automaticamente o Planary desenha o vazio!

Disclaimer:

O Planary é gratuito para uso estudantil. Para uso comercial/profissional em escritórios de Arquitetura ou por arquitetos, entrar em contato com os desenvolvedores do software sobre como adquirir a licença. Vale muito a pena!

Este post foi feito com a autorização dos proprioetários do software, a eles meu eterno agradecimento!

Para citar este artigo corretamente:

SBARRA, Marcelo. Fazendo uma maquete volumetrica com alguns cliques – Planary. Marcelo Sbarra, São Paulo, 16 out. 2024. Disponível em https://marcelosbarra.com/2024/11/16/estudo-de-viabilidade-completo-com-planary-autodesk-add-on/Acesso em 16 de out. 2024.

Observação importante: estas informações são direcionadas a projetos acadêmicos – para projetos “da vida real” é indispensável a contratação de um Arquiteto para a verificação das necessidades de seu projeto e adequações à legislação de sua municipalidade.

© Marcelo Sbarra. Os projetos mostrados neste artigo são protegidos pela Lei de Direito Autoral (Lei 9.610/98) e Resolução 67/2013 do CAU/BR.

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Fazendo uma maquete volumetrica com alguns cliques – Planary https://marcelosbarra.com/fazendo-uma-maquete-volumetrica-com-alguns-cliques-planary/ Fri, 08 Nov 2024 15:27:43 +0000 https://marcelosbarra.com/?p=5116 Uma das maneiras mais eficazes de se mostrar ao cliente o projeto de arquitetura é através de volumetrias. Há quem use ainda maquetes físicas (hoje em dia facilitada pelo uso de ferramentas de corte a laser ou impresoras 3D), mas as maquetes digitais ainda são as mais práticas e eficazes.

Para uma maquete digital realista, programas como o SketchUp, 3D Max, Blender, Rhino (em conjunto com o Grasshoper) são os mais utilizados – além do próprio 3D oferecido pelas plataformas BIM, como Revit e Archicad – mas que carecem de realismo.

Para maquetes volumetricas, com o objetivo de mostrar diferentes usos, alturas, e mesmo criar mostrar cortes unifilares (representando espessuras de vigas e paredes como simples linhas), há uma solução muito rápida e eficaz. O Planary é um plugin para o AutoCad e Revit (teste gratuito por 30 dias) que faz milagres.

Eu testei com a planta abaixo e fazendo apenas 5 polilines e cheguei num resultado mais do que suficiente para um EVTL em menos de um minuto!

Pavimento Térreo – Edifício de Uso Misto – Setorização Fonte: Sbarra (2024)

As cinco polilines se referem a:

  1. Ocupação R no térreo
  2. Ocupação nR no térreo
  3. Ocupação da Fachada Ativa no térreo.
  4. Pavimento Tipo nR
  5. Pavimento Tipo R

Percebam na figura abaixo que a parte Residencial está selecionada. No menu a esquerda, pode-se ver que adotei 3,06m para o piso a piso. No menu, percebam que eu posso digitar o número de paviemtos que quero que sejam feitos pelo programa (no caso, 9). No menu a esquerda ele me fornece a área total residencial no empreendimento.

Fonte: Planary (2024) com projeto de Sbarra (2024)

Posso ainda selecionar o nR, onde adotei o mesmo piso a piso e o mesmo número de pavimentos e mudando o menu a direita para “Analysys”, tenho o numero total de pavimentos, a área total do empreendimento, a altura total. Posso ainda dividir os pavimentos em unidades habitacionais e ter o número total.

Fonte: Planary (2024) com projeto de Sbarra (2024)

Ainda posso locar o terreno/lote (seja desenhando no cad a polilinha referente a ele) ou posso puxar a informação de mapa tradicional ou Google Earth, conforme menu que fica na parte de baixo da tela.

Abro o Cad, clico no ícone Planary e estará mostrando este menu flutuante, com o meu 3D.

Para alterar a forma dos pavimentos, basta puxar os grips das polinines que o 3D atualiza automaticamente.

Fonte: Autodesk (2024) e Planary (2024) com projeto de Sbarra (2024)

Ainda falta adicionar o volume referente aos Reservatórios Superiores e Casa de Máquina de elevadores, assim como os subsolos (sim, é possível!).

Lembrando que a área apresentada pelo Planary é a “Gross Area“, ou seja, aréa total, não fazendo distinção entre computável e não computável.

Para citar este artigo corretamente:

SBARRA, Marcelo. Fazendo uma maquete volumetrica com alguns cliques – Planary. Marcelo Sbarra, São Paulo, 08 out. 2024. Disponível em: https://marcelosbarra.com/2024/11/08/fazendo-uma-maquete-volumetrica-com-alguns-cliques-planary/Acesso em 08 de out. 2024.

Observação importante: estas informações são direcionadas a projetos acadêmicos – para projetos “da vida real” é indispensável a contratação de um Arquiteto para a verificação das necessidades de seu projeto e adequações à legislação de sua municipalidade.

© Marcelo Sbarra. Os projetos mostrados neste artigo são protegidos pela Lei de Direito Autoral (Lei 9.610/98) e Resolução 67/2013 do CAU/BR.

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Mentoria para Arquitetos https://marcelosbarra.com/mentoria-para-arquitetos/ Tue, 29 Oct 2024 01:24:02 +0000 https://marcelosbarra.com/?p=5109 Fiz uma enquete no LinkedIN – onde tenho uma rede robusta de contatos – e, como resultado, mais de 90% dos respondentes diziam precisar de uma Mentoria para atualização em Legislação revisada em 2023 e 2024 e já em vigor (Plano Diretor e Zoneamento), além do Código de Obras – que mesmo em vigor desde 2017 apresenta uma série de questões vinculadas à Portarias e Decretos regulementadores.

A quem se destina?

Arquitetos de criação, CEO’s, Arquitetos de Viabilidade, tomadores de decisão/stakeholders.

O que se aprende?

Você tem a opção de montar suas necessidades.

Partimos de um entendimento geral do processo do direito urbanístico e edificação edilícia atrelada à Concepção de Projetos, para então entrarmos nos itens mais comuns: zoneamento, potencial construtivo máximo, doação de calçada, diminuição de Taxa de Permeabilidade via Quota Ambiental/DEPAVE, etc.

Podemos entrar em itens mais específicos, como projetos de HIS/HMP que são, disparado, os que mais são feitos atualmente no Mercado Imobiliário.

Apesar de focado na Legislação de São Paulo – Capital, podemos desbravar as legislações de outros municípios.

Opção de Acompanhamento de case real

Podemos utilizar um terreno real para estudar sua viabilidade, com dados preliminares obtidos nos portais das prefeituras (como Geosampa)

Opção de Projeto Legal

Caso queira, podemos desenvolver o Projeto Legal de seu empreendimento para dar entrada na Prefeitura. É importante lembrar que é necessário um Responsável Técnico pelo Projeto e pela Obra, além de toda a documentação legal exigida por lei.

Opção de Atualização Geral

Caso você Arquiteto esteja se sentindo “enferrujado” e queira se atualizar com as tendências de como funciona um grande escritório hoje em dia, temos a opção de “Atualização Geral” ou “Como projetar na atualidade”, que envolve desde conceitos mais básicos até conceitos de compatibilização de projetos em geral.

Em todas as opções você pode escolher fazer a Mentoria em grupo ou individual.

Tem interesse?

O Diretor da FORC, Felipe Forcassin e sua equipe estão me auxiliando nesta empreitada. O contato para quem estiver interessado á através do email felipe.forcassin@agenciaforc.com.br

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